O Banco Central observa a desaceleração da alta dos preços administrados. De acordo com o relatório de inflação de março, os preços monitorados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tiveram alta de 1,53% no trimestre encerrado em fevereiro. No período anterior, encerrado em novembro, a alta foi de 3,42%.
O relatório observa que os administrados subiram 8,96% em 2005 e responderam por 2,67 pontos percentuais da variação total do IPCA no ano. As pressões foram lideradas pelas tarifas de energia elétrica, que subiram 8,1%, água e esgoto (+13,4%), ônibus urbano (+10,4%), passagens aéreas, (+28,1%) e planos de saúde (+12%).
O documento observa, contudo, que foram registradas menores altas nos preços da gasolina e álcool em 2005 se tomarmos como base a variação em 2004. A gasolina subiu 7,8% em 2005 e 14,7% no ano anterior. Já o álcool teve altas de 5,7% e 31,6% no mesmo período.
Nos próximos meses, os preços administrados devem ser pressionados pelos reajustes de energia elétrica, em março e abril, no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará. Já o serviço de telefonia vai pressionar os índices em abril, quando é esperado reajuste das tarifas.