No mês de março, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apontou deflação de 0,23%. O resultado é 0,24 ponto percentual (p.p.) abaixo da variação registrada em fevereiro, que foi de 0,01%. Os números foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Entre os componentes, contribuiu para o recuo a variação do Índice de Preços por Atacado (IPA), que registrou deflação de 0,48%. A taxa é 0,42 p.p. inferior à registrada em fevereiro, de -0,06%. O subgrupo suprimentos, que teve sua taxa de variação reduzida de 0,29% para -3,22%, foi responsável por um decréscimo de 0,11 p.p. no resultado do IPA. Excluindo-se o grupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 0,56% para 0,48%, o índice de Bens Intermediários (ex) baixou 0,38%. Em fevereiro, houve alta de 0,09%. No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou -2,64%, em março, ante -0,64%, em fevereiro.
Já os preços ao consumidor, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), registraram variação de 0,22%, 0,11 p.p. acima da ocorrida no mês passado, que foi de 0,11%. Alimentação e Habitação foram as classes de despesa que mais contribuíram para o avanço da taxa do índice em relação a fevereiro. A primeira classe de despesa apresentou variação de 0,04%, ante -0,51%, no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou taxa de 0,23%, 0,05 p.p. abaixo da registrada na última apuração, que foi de 0,28%. Em março, os grupos Materiais e Serviços apresentaram decréscimos em suas taxas de variação, as quais passaram de 0,45% para 0,15% e de 0,83% para 0,52%, respectivamente. O índice relativo ao grupo Mão-de-Obra apresentou aceleração de 0,23 p.p., com a taxa passando para 0,25%, em função de reajustes captados nas cidades de Belém, Porto Alegre e Salvador.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.