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Sindaçúcar/PE condena ausência do setor em modelo elétrico

O presidente do Sindaçúcar/PE (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Pernambuco), Renato Cunha, vê com preocupação a ausência do setor sucroalcooleiro no modelo elétrico anunciado pelo governo há mais de cerca de um mês, apontando para o exemplo da região Nordeste onde o governo já começou a regulamentar o setor elétrico nos moldes do futuro modelo previsto pelas medidas provisórias 144 e 145, encaminhadas ao Congresso Nacional.

Hoje, 14 termoelétricas estão acionadas no Nordeste para resolver o problema de desabastecimento de energia elétrica provocado pela redução dos níveis dos reservatórios das principais hidrelétricas. O presidente do Sindaçúcar/PE, que chegou a participar no início de dezembro de uma reunião com a ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, para discutir a participação do setor sucroalcooleiro dentro da reserva técnica de energia para o País, condena o fato da capacidade de cogeração das usinas e destilarias não ter sido levada em consideração.

“O setor sucroalcooleiro se constitui em uma grande alternativa quanto a dependência e vulnerabilidade do modelo atual, baseado na hidrologia”, diz Cunha. Segundo ele, o setor possui capacidade para gerar até 8 mil MW/hora/mês de energia. Deste total, o Nordeste poderia gerar até 3 mil MW/hora/mês. “Atualmente somente uma pequena parte deste potencial, no caso do Nordeste, algo entre 10% e 15%, é comercializado diretamente com as distribuidoras de energia”.

Leia reportagem completa sobre a repercussão no setor do novo modelo elétrico na edição deste mês do Jornal Cana.