O volume de fusões e aquisições de empresas registrado no País recuou 7% nos primeiros oito meses de 2015, ante igual período de 2014, revela relatório da PwC Brasil.
Segundo a companhia, no acumulado entre janeiro e agosto último foram concluídos 513 negócios, contra 553 transações no mesmo período do ano passado.
Em agosto, último mês de atualização do relatório, a PwC Brasil aponta 53 transações. É o mês com menor número de fusões e aquisições registrados no País ao longo de 2015.
As 53 transações representam uma redução de 40% em relação ao mesmo período de 2014 (88 transações).
Saiba mais:
1 – A região Sudeste continua a ter a atenção dos investidores no setor de fusões e aquisições, com 73% da totalidade das transações no acumulado de 2015, ou 376 negócios registrados. Em comparação ao mesmo período de 2014, apresenta uma pequena redução de 5% no volume de negócios, com 394 transações.
2 – São Paulo lidera essa região do País, com 56% do total entre janeiro e agosto de 2015, ou 287 transações (volume 9% inferior ao mesmo período de 2014).
3 – Com preferência no mercado de fusões e aquisições (17% do total), o setor de Tecnologia da Informação (TI) chega ao final de agosto com 88 transações, uma redução de 1% em relação a 2014. Entre os negócios registrados pelo setor estão a aquisição da gaúcha Dueto pela Govbr, empresa especializada em tecnologia para prefeituras; e a compra da totalidade das ações da empresa de TI Bematech, pelo valor de R$550 milhões, pela Totvs, empresa brasileira do segmento de TI.
4 – Em segundo lugar ficou o setor de serviços auxiliares, com 54 transações, redução de 2% em relação a 2014, representando 11% do total.
5 – Já o setor financeiro apresentou 50 transações, redução de 4% em relação a 2014, ou 10% do total, ocupando a terceira posição no ranking dos setores avaliados pela PwC Brasil.
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Quem investiu
Os investidores nacionais tiveram 51% da participação nas transações entre janeiro e agosto de 2015, com 234 negócios (redução de 21% em relação a 2014). Mas, diante das incertezas econômicas e da depreciação do valor do real ao longo do ano de 2015, nota-se um crescente interesse do investidor estrangeiro, que esteve à frente por cinco meses entre janeiro e agosto de 2015.
Com 242 negociações envolvendo capital estrangeiro (número 11% superior ao mesmo período de 2014), países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França representam 54% do interesse em ativos brasileiros.
Os Estados Unidos mantêm-se à frente dos investidores estrangeiros no Brasil, com 89 transações, ou 37% do total das transações envolvendo esse tipo de capital.
O mês de agosto continua reforçando a mudança de perfil de investimento sobre o mercado de fusões e aquisições brasileiro no ano de 2015, sendo o sexto mês consecutivo sobre o interesse em compras de participações minoritárias como preferência dos investidores.