O consumo de energia elétrica no país caiu 3,3% entre os dias 1º e 22 de setembro, em apuna comparação com o mesmo período de 2014, em apuração preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo a Câmara, no mesmo período a geração de eletricidade recuou 3,4%.
Em setembro, a análise do desempenho da geração indica que 60.324 MW médios de energia foram entregues ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O destaque segue na produção das usinas eólicas com o registro de 2.955 MW médios, um aumento de 55,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As usinas hidráulicas tiveram queda de 5,9% com a geração de 40.458 MW médios no mês. A representatividade da fonte, em relação a toda energia gerada no país, foi de 67%, índice 1,8 ponto percentual inferior ao registrado em 2014.
A análise dos dados de agentes autoprodutores, ou seja, empresas que investem em usinas próprias devido à grande demanda por eletricidade, aponta aumento de 15,1% na geração e queda de 2,1% no consumo em setembro. O setor de metalurgia e produtos de metal (-9,3%) e transporte (-8,6%) foram os que mais contribuíram com os índices. Mesmo com a redução, empresas que atuam nos segmentos de madeira, papel e celulose (+15,9%), extração de minerais metálicos (+7,5%) e de serviços (+3,9%) ampliaram o consumo em relação ao mesmo período do ano passado.
O consumo de energia elétrica somou 58.467 MW médios com redução tanto no mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, quanto no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores.
O consumo cativo registrou 44.544 MW médios, uma diminuição de 2,2%. Já os agentes livres consumiram 13.923 MW médios, ou seja, 6,6% a menos do que no mesmo período do ano passado.
Dentre os segmentos industriais que adquirem energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL, houve retração na maioria dos setores. Os únicos que registraram elevação mínima foram as empresas químicas (+0,6%) e telecomunicações (+0,1%). As maiores quedas de consumo foram as de veículos (-19,5%) e têxtil (-15%).