Mercado

Terminal ferroviário da Raízen pode aquecer produção de etanol no MT

Santos: Esperamos que a Raízen traga diesel e leve etanol
Santos: Esperamos que a Raízen traga diesel e leve etanol

Produtores do estado do Mato Grosso estão em busca de uma solução logística para escoamento de sua produção de etanol. Sem contar com opção para escoamento através de dutos — que não é interessante, uma vez que em um raio de distância de até 400 km é possível transportar o biocombustível das usinas até a rodovia — o terminal ferroviário recém inaugurado pela Raízen pode aquecer a produção de etanol matogrossense. “Para isso…

“…esperamos que a Raízen traga diesel e leve etanol. Se a Raízen tiver interesse em fazer uma parceria pode ser que o Estado volte a ser o exportador que era até 2006, antes de Mato Grosso do Sul e Goiás crescerem em profusão e multiplicar por dez as suas produções, o que ilhou a produção matogrossense”, comentou Jorge dos Santos, diretor-executivo do Sindálcool/MT.

Leia mais: Mato Grosso foi o terceiro maior exportador do Brasil em fevereiro

Santos afirmou em entrevista ao Portal JornalCana durante a Conferência Datagro 2015, que o Mato Grosso, maior produtor de soja, milho e algodão, só não é o maior produtor de cana brasileiro pela ineficiência logística. “Para colocarmos um litro de etanol em Paulínea/SP custa 22 centavos, se considerarmos que o valor do frete médio não pode ser superior a 5% do valor do produto, o nosso é quase 20% maior, que torna impraticável a exportação”, explicou.

Leia mais: Empresários do Paraná pretendem construir usinas de etanol de milho em Mato Grosso

Sobre o potencial de produção do MT, Santos disse que o céu é o limite. “O Sindálcool mapeou junto com a Secretaria do Meio Ambiente praticamente 5 milhões de hectares de áreas degradadas que podem ser ocupadas com cana-de-açúcar. Para quem usa 240 mil hectares para fazer 17 milhões de toneladas dá para perceber onde podemos chegar”, justificou.

Leia mais: Usinas geram 77 mil empregos no Mato Grosso