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Caixa Negativo: Receita de usinas sucroenergéticas cai 30%

Caixa Negativo: Receita de usinas sucroenergéticas cai 30%

Com problemas de origem política para o posicionamento do etanol na matriz energética e experimentando ciclos longos e seguidos de superávits de estoques de açúcar, empresas do setor sucroenergético vivenciam contínuas perdas de receitas.

De 2013 a 2015 usinas e grupos do setor com maior destaque na economia nacional, segundo a publicação Valor1000, registraram perda de receita líquida R$ 17,52 bilhões, queda acumulada de 30%.

Receita no triênio

Em 2013 a publicação identificou 30 empresas com desempenho entre as 1000 maiores na economia nacional, as quais somaram R$ 76,4 bilhões.

Nos anos seguintes a receita acumulada das 30 maiores empresas do setor sucroenergético somaram R$ 66,64 bilhões em 2014 – queda de 13% – e R$ 58,86 em 2015 – queda de 12%.

Setor vs Economia Nacional

O ano de 2013 foi o último em que a receita líquida média do setor ficou acima da média nacional.

A receita média das 30 empresas foi de R$ 2,73 bilhões, superior aos R$ 2,57 bilhões registrados na média nacional das mil empresas de todos os segmentos produtivos do Brasil.

Nos anos seguintes a receita média do setor caiu para R$ 2,22 bilhões em 2014 – redução de 19% -, seguida por queda de 12% em 2015, com receita de R$ 1,97 bilhão. Comportamento contrário à média nacional, que registou altas de 12 e 8% nos últimos anos, acompanhe no infográfico.

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Receita de grupos e usinas

Embora o comportamento no triênio seja de queda na receita para a agroindústria canavieira, algumas usinas e grupos mantiveram seus caixas positivos.

O Portal JornalCana selecionou 6 companhias do setor para demostrar o comportamento no período.

O Grupo São Matinho foi a empresa com maior aumento de receita no período, que subiu de R$ 1,37 bilhão para R$ 1,92 bilhão, aumento de 40%.

O Grupo Pedra cresceu 27,5%  em sua receita líquida, saindo dos R$ 837,7 milhões para os R$ 1,07 bilhão em 2015.

A Usina Batatais registrou receita de R$ 722,3 milhões em 2015, alta de 22,7% em relação aos 588,5 milhões em 2013.

A Biosev com alta de 8,7% fechou 2015 com receita de  R$ 4,5 bilhões, antes os R$ 4,1 bilhões de 2014.

A Tereos Internacional cresceu 5,2% com receita R$ 8,04 bilhões.

A Coopersucar ficou negativa no período, saiu R$ 30,02 bilhões em 2013 para R$ 20, 99 bilhões em 2015, queda de 30%.
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