Mercado

Combustível pressiona inflação em São Paulo

O aumento do álcool combustível já pressiona a inflação de 2006 em São Paulo. O índice geral de preços do município acelerou para 0,46% na primeira quadrissemana de janeiro, o período de 30 dias terminado em 7 deste mês.

Embora tenha avançado em relação a dezembro, quando ficou em 0,29%, o índice é o menor para o período dos últimos quatro anos e igual ao de 2002.

Para Juarez Rizzieri, coordenador-adjunto do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), o indicador pode sinalizar uma mudança no patamar da inflação em São Paulo: “Isso mostra que a política de metas de inflação funciona, embora tenha um custo, que é o crescimento menor da economia”, disse.

Outro item individual que teve peso expressivo na inflação da cidade foi excursões. Se não fossem os avanços nos preços de viagens e do álcool combustível, a inflação dos últimos 30 dias teria ficado em 0,29%. Os itens foram responsáveis por mais de um terço do aumento, com altas de 14,02% e 10,95%, respectivamente.

No caso dos preços de excursões, a alta é influenciada pelo período de férias escolares. Já o aumento do álcool se deve à época de entressafra da cana-de-açúcar.

IGP-M

Sob impacto também dos reajustes do álcool, dos preços agrícolas e de mensalidades escolares, a primeira prévia de janeiro do IGP-M (Índice Geral de Preços -Mercado) teve aceleração acima do esperado. A inflação medida pelo índice ficou em 0,40%, contra alta de 0,06% na primeira parcial de dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas. Para o IGP-M fechado de todo o mês de janeiro, as instituições financeiras projetavam um alta de 0,35%, segundo relatório do Banco Central.