Mercado

Preços no comércio de SP tiveram alta de 2,52% em 2005

Os preços no comércio varejista da região metropolitana de São Paulo acumularam uma alta de 2,52% em 2005, segundo levantamento da Fecomercio (Federação do Comercio do Estado de São Paulo). Em 2004, o IPV (Índice de Preços no Varejo) havia registrado uma elevação de 6,07%.

Os grupos que mais pressionaram a inflação do comércio em 2005 foram: jornais e revistas (10,30%), eletrodomésticos (8,29%), combustíveis e lubrificantes (7,81%), feiras (5,58%), drogarias e perfumarias (5,05%), floriculturas (1,41%), CDs (1,34%) e supermercados (0,21%).

No mês de dezembro, a inflação do comércio registrou uma alta de 0,19% –variação ficou acima da alta de 0,15% medida em novembro pela Fecomercio. Foi a quarta alta mensal consecutiva, influenciada, principalmente, pelas altas registradas nos grupos jornais e revistas (4,05%), combustíveis e lubrificantes (1,67%), feiras (1,61%) e óticas (1,06%).

Segundo a assessoria econômica da Fecomercio, a elevação no grupo de combustíveis e lubrificantes, em dezembro gera preocupação em virtude dos aumentos nos preços do álcool combustível pelos próprios usineiros.

O comportamento do segmento de feiras, por sua vez, reflete o efeito da pressão gerada pelo excesso de chuvas, que interfere diretamente na safra de alguns produtos in natura, principalmente dos tubérculos e frutas, cujos preços registraram altas de, respectivamente, 4,65% e 3,05%.

Os únicos produtos do grupo que acusaram queda em dezembro foram: aves (-4,08%) e legumes (-1,67%), segundo o levantamento da Fecomercio.

Para os próximos meses, a Fecomercio espera que a situação do álcool seja normalizada por conta da expectativa de safra recorde em 2006, o que traria normalidade à escassez enfrentada atualmente. No entanto, a Fecomercio não descarta pressões provenientes de reajustes no preço do petróleo.

Ainda segundo avaliação da entidade, os preços das carnes bovinas e de seus substitutos, aos poucos, devem retornar aos níveis normais, uma vez que os focos de febre aftosa foram praticamente erradicados. Assim, dificilmente sofrerão pressão em seu índice de preços ao longo de 2006.

A Fecomercio finaliza a análise ao destacar que um dos principais fatores que favoreceram a inflação contida e até mesmo abaixo do esperado, como no caso do IPV, foi o fator cambial, uma vez que o real valorizado implica preços internos menores. Para a assessoria econômica da Fecomercio, o cenário para o dólar em 2006 ainda é incerto, principalmente por se tratar de um ano eleitoral.

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