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Agroindústria puxa queda de 6,19%

De acordo com o economista André Macedo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda de mais de 15% na produção da indústria de alimentos puxada pelo setor de açúcar e álcool e pela redução dos abates de carne bovina, foi o fator mais importante para que a indústria paranaense apresentasse um resultado negativo de -6,19%, embora tenha havido queda no faturamento de 8 dos 14 segmentos pesquisados, comprovando os problemas derivados da suspeita de febre aftosa no estado, que já produziu prejuízos de R$ 120 milhões somente com a diminuição do abate.

O resultado positivo mais significativo registrado no período deve-se à indústria de veículos automotores, que aumentou em 28,48% a produção no mês de outubro, segundo a pesquisa divulgada pelo IBGE. Mesmo assim, as montadoras instaladas no estado estão trabalhando há dois meses com apenas 75% de sua capacidade. Em agosto, este porcentual chegava a 82%, conforme a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

O aumento da produção de veículos no Paraná vem sendo impulsionado pela Volkswagen. Até outubro a fábrica de São José dos Pinhais produziu 76.955 unidades do Fox destinadas ao mercado interno e à exportação. Em janeiro, a produção mensal do Fox foi de 2.096 veículos mas, em agosto, atingiu o seu nível mais elevado, com 11.702 unidades. Já a Volvo do Brasil ampliou em 10,82% a produção de caminhões em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano (de janeiro a outubro), produziu 5.168 unidades, contra 5.173 em 2004. A Renault/Nissan produziram, em outubro, 5.403 unidades, contra 6.604 de outubro do ano passado (-18%).