Os negócios seguem lentos no mercado físico de açúcar para exportação, com grandes importadores afastados e usinas mais interessadas em vender produto no mercado interno, onde ainda obtêm maior remuneração, afirmaram corretores na sexta-feira.
No mercado doméstico, o açúcar segue praticamente estável na semana, com a saca (50 kg) negociada por volta dos 33 a 34 reais, mesmo nível da semana anterior.
“Nada muito significativo andou esta semana em termos de negócios (para exportação)”, afirmou um corretor. “As indicações de desconto (para embarque imediato de VHP) refletem situações específicas.”
Com a safra de cana do centro-sul se aproximando do fim, corretores de açúcar debatem a respeito do volume a ser moído.
A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) afirmou nesta semana que a moagem deve ficar abaixo da previsão divulgada em setembro, de 348,5 milhões de toneladas, aproximando-se da estimativa anterior da entidade, de 345 milhões de toneladas.
O período seco até setembro fez com que a moagem avançasse demais e muitos colheram antes do tempo (antes que a cana tivesse se desenvolvido completamente). Também as recentes chuvas teriam prejudicado o rendimento da cana.
Mas no mercado há quem preveja até 355 milhões de toneladas.
“Não acho que o clima piorou tanto a situação dos canaviais”, afirmou um trader.
No Nordeste do Brasil, a safra segue atrasada, embora a diferença nos volumes produzidos em relação à temporada passada esteja menor. A previsão geral é de uma safra de 50 milhões de toneladas, no máximo.
O mercado de álcool, que registrou um ligeiro declínio na semana passada, voltou a subir esta semana.
O metro cúbico (mil litros) do anidro era negociado em Ribeirão Preto (SP) por 970 reais, ante cerca de 960 reais na semana passada. O hidratado saía por 980 reais, com aumento de 10 reais, na média, durante a semana.