A estiagem que provocou quebra da safra de grãos, o real valorizado e os baixos preços internacionais das commodities agrícolas resultaram em menor demanda por máquinas agrícolas. Em outubro, a queda em relação ao mesmo mês do ano passado chegou a 43%, com venda de 2,036 mil máquinas agrícolas segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No acumulado do ano, a redução foi de 39,2%, para 20,508 mil unidades. “Em outubro, completamos 12 meses de queda contínua de vendas ante os mesmos meses de 2004”, diz o vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea, Persio Pastre. No ano, as vendas no mercado interno devem recuar 36,3%, para 24 mil unidades. No acumulado dos 12 meses até outubro, foram vendidas 24,565 mil unidades. Ele avalia que o ritmo de quedas das vendas deve diminuir a partir deste mês, pois a base de comparação é mais fraca desde novembro de 2004.
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De janeiro a outubro, as vendas de tratores caíram 38,6%, para 15,865 mil unidades e, em outubro, 44,6%, para 1,542 mil unidades. As vendas de colheitadeiras caíram 74,4% nos dez meses, para 1,301 mil unidades e 73,1%, em outubro, para 146 unidades. “As vendas de tratores foram menos prejudicadas pela quebra da safra por se destinarem também a café, cana-de-açúcar e laranja”, afirma.
A receita de exportações de máquinas agrícolas de janeiro a outubro cresceu 19,5%, para US$ 1,704 bilhão, enquanto o volume físico aumentou 5,7%, para 27,216 mil unidades. Em outubro, a alta foi de 36,4%, para US$ 192,875 milhões.
