Para a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o estado de Minas Gerais terá 53,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar destinados para a safra 2015/16.
Já o Sindicato das Indústrias de Fabricação do Álcool e do Açúcar no estado (Siamig) projeta 61 milhões de toneladas para a safra em andamento.
Quem está certo?
A previsão do Siamig já foi divulgada pelo Portal JornalCana em entrevista de seu presidente, Mário Campos.
Já a estimativa da Conab, do Ministério da Agricultura, integram o segundo Levantamento de Safra de cana-de-açúcar, cujos dados da matéria-prima do etanol e do açúcar aqui divulgados foram analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) do Governo de Minas Gerais.
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Conforme essa análise, a produção mineira da cana-de-açúcar destinada ao setor sucroalcooleiro, na safra 2015/2016 representa 8,1% da safra nacional e coloca o estado como o terceiro produtor de cana no ranking nacional.
Em relato distribuído à imprensa pela assessoria da Secretaria de Agricultura de Minas, a avaliação de 61 milhões de toneladas do Siamig se dá diante da possibilidade do aumento da demanda de etanol.
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No setor sucroalcooleiro, 50,8% da safra são utilizados na fabricação do etanol e 41,8% são destinados à produção de açúcar.
Na avaliação do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz, a maior destinação da safra para a produção de etanol ocorre em função dos incentivos fiscais ao setor. “A redução do ICMS de 19% para 14% deu maior competitividade ao etanol em relação à gasolina e isso passa a ser uma opção para o setor sucroalcooleiro, uma vez que os estoques mundiais de açúcar estão elevados, impedindo a sua valorização nos mercados interno e externo”, explica ele, segundo a assessoria.
Em Minas, a produção de cana para o setor sucroalcooleiro está concentrada na região do Triângulo Mineiro, responsável por 64,5% da safra. Os principais municípios produtores são Uberaba (6,2 milhões de toneladas), Frutal (5 milhões), Santa Vitória (3,5 milhões), Conceição das Alagoas (3 milhões) e Campo Florido (2,6 milhões).
Exportação
No período de janeiro a julho de 2015, a exportação dos produtos do complexo sucroenergético gerou renda de US$ 384,3 milhões. O valor corresponde a 8,8% do faturamento total das exportações do agronegócio mineiro, que ficaram em US$ 4,3 bilhões. O segmento ocupa o quarto lugar na pauta mineira das exportações do agronegócio, atrás do café, soja e carnes.
Os principais países importadores da produção mineira são China (17,2%), Egito (11,1%), Arábia Saudita (7,5%) Malásia (5,4%) e um grupo formado por 37 países que, juntos, respondem por 40,9% das compras.