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Votação da MP da Cofins é adiada para esta quinta-feira

Acordo entre as lideranças partidárias transferiu para esta quinta-feira, em sessão extraordinária, a apreciação da Medida Provisória que acaba com a cumulatividade da Cofins e aumenta a alíquota de 3% para 7,6 %. A proposta partiu do PFL e facilitou a aprovação nesta quarta-feira de duas outras MPs, uma que cria o Programa Especial de Habitação Popular (PEHP) para famílias com renda mensal familiar de até três salários mínimos; e a outra que abre crédito extraordinário de R$ 80 milhões ao Ministério das Cidades para a aplicação em habitação popular.

O presidente Câmara, deputado João Paulo Cunha, e as lideranças realizarão novas rodadas de negociações antes da votação da matéria para discutir a nova sistemática de cobrança da Cofins, especialmente a desoneração das empresas do setor de serviços.

Para compensar o aumento da alíquota da contribuição para alguns setores, os líderes da base aliada do Governo na Câmara e no Senado fecharam um acordo com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O Executivo comprometeu-se a enviar em 90 dias uma medida provisória ou um projeto de lei ao Congresso, para estabelecer a desoneração progressiva da folha de pagamento de empresas de setores como transporte, saúde, educação, turismo, têxtil, construção civil, higiene e limpeza. Os líderes agora discutem um texto que possa garantir o apoio da Oposição e viabilizar a aprovação da matéria em Plenário.

O presidente João Paulo anunciou que também constarão da pauta desta quinta-feira a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição que prorroga por mais dez anos a aplicação de percentuais mínimos dos recursos de irrigação nas regiões Nordeste e Centro-Oeste; e o Projeto de Lei, do Senado, que estende benefícios fiscais às áreas pioneiras, zonas de fronteira e outras localidades da Amazônia Ocidental. (Fonte: Agência Câmara)