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Etanol brilha sozinho nas importações de commodities pela China

Etanol brilha sozinho nas importações de commodities pela China

Notícias recentes da China desanimam produtores de commodities, com uma economia do país em desaceleração, preços das ações tombando e desvalorização cambial, todas sinalizando uma demanda mais fraca.

Há uma exceção: a segunda maior economia do mundo começou a importar etanol em volume grande o suficiente para estimular as esperanças de que o país poderia ter uma abertura maior, até agora pouco acessível, do mercado.

“Se isto se tornar uma constante, serão grandes notícias. A China é um lugar onde todo mundo olha e diz, ‘e se'”, disse Jordan Fife, comerciante com a BioUrja Trading em Houston.

A estatal negociadora de grãos China National Oils and Foodstuffs, conhecida como Cofco, começou a enviar etanol de suas recentemente adquiridas usinas no Brasil nos últimos meses, os primeiros carregamentos para a China do segundo maior exportador do mundo desde 2012, de acordo com fontes do mercado e dados de comércio brasileiros.

No total, a China importou mais de 56 mil toneladas do biocombustível no primeiro semestre deste ano, no valor de cerca de 27 milhões de dólares baseado nos preços dos Estados Unidos, o dobro do volume do ano de 2014 inteiro.

O etanol brasileiro está vindo de uma joint venture de 1,5 bilhão de dólares da Cofco com a Noble Group no último ano, de acordo com autoridade da companhia chinesa, que informou sobre os envios.

A Noble Agri tem quatro usinas no país.

Isto pode sugerir que estes envios podem ser mais resultado da expansão ultramar da China, relacionada a ativos, do que a uma tendência mais ampla da demanda.

Fonte: (Reuters)

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