A atual situação do setor sucroenergético de Minas Gerais foi discutida em reunião nesta quinta-feira (13), em Campo Florido, no Triângulo Mineiro. O encontro contou com a presença de membros da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e outras lideranças políticas da região. Os deputados Antônio Carlos Arantes (PSDB) e Roberto Andrade (PTN) assinaram o requerimento para a audiência.
No encontro, que ocorreu durante a “7ª Edição do Canacampo Tech Show”, o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool (Siamig), Mário Campos, lamentou o momento delicado do segmento, apesar de estar com o maior nível de produção da sua história.
O presidente destacou, ainda, que o setor é estratégico para a recuperação econômica do país, uma vez que proporcionou no último ano um aumento no consumo mensal de etanol de 50 milhões para 160 milhões de litros em Minas Gerais. “Essa conquista se deu, também, pela redução do ICMS do setor, sancionada pelo então governador Alberto Pinto Coelho”.
Segundo o dirigente do Siamig, Minas Gerais tem 37 usinas de açúcar e álcool, que geram 80 mil empregos.
O produtor de cana-de-açúcar Marcos César Brunozz reforçou as palavras do presidente do Siamig e disse que os maiores problemas têm sido a produção de matéria-prima e o endividamento do setor. Para ele, sustentabilidade econômica se faz com geração de emprego e renda, e isso só será possível se houver proteção da competitividade do setor. “Precisamos de mais incentivos fiscais e de crédito. Peço que os parlamentares intercedam pelo segmento”, solicitou
Os parlamentares, capitaneados pelo presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Arantes, fizeram o relançamento da Frente Parlamentar de Proteção do Setor Sucroenergético. Ele reforçou que o setor está em crise e, portanto, precisa de uma politica de proteção do Governo Federal. “Minas Gerais tem o etanol como trunfo, e a agropecuária é o segmento que sustenta o País. É preciso baratear os fertilizantes para valorizar a produção de cana e grãos”, disse.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir de Araújo Rôso Filho, é preciso desenvolver política públicas que recuperem a competitividade. “Temos que investir nos insumos, como a produção de fertilizantes, para reduzir o alto índice de importação do produto e, com isso, os impactos negativos no segmento sucroenergético. O meio ambiente também ainda é um gargalo, mas a secretaria passa por uma reformulação e vai poder ajudar ainda mais o produtor”, afirmou.
Fonte: (G1)