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Começam as reservas para Cosan

Começa hoje e vai até o dia 7 o prazo de reservas para a oferta pública da Cosan, que pretende captar entre R$ 640 milhões e R$ 885 milhões na sua estréia no mercado de capitais brasileiro. A maior produtora individual de açúcar e álcool no país tem a intenção de vender, pelo menos, 16,04 milhões de ações ordinárias, ingressando na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pela porta da frente, diretamente no Novo Mercado, o nível mais alto no que diz respeito à exigência de regras de transparência e de governança corporativa. Outra que irá para o Novo Mercado é a Nossa Caixa, cujo prazo para reserva de ações termina amanhã.

Da operação global da Cosan, no Brasil e no exterior, uma parcela de 10% a 20% será destinada aos pequenos investidores, que poderão adquirir lotes de R$ 3 mil a R$ 300 mil. Se a demanda superar essa fatia, haverá rateio, mas todos os pedidos até R$ 5 mil serão atendidos. A partir disso, a divisão segue a chamada “regra dos copos”, com a distribuição proporcional ao tamanho da reserva individual de cada investidor.

A emissão poderá ser ampliada entre 15% e 20% para atender eventual procura, a critério dos coordenadores, o Morgan Stanley e o Credit Suisse First Boston (CSFB). Os recursos serão usados pela Cosan para pagar aquisições e bancar novas compras. Essa será a primeira empresa do setor sucro-alcooleiro listada na Bovespa.

No caso da operação da Nossa Caixa, de R$ 695 milhões a R$ 950 milhões, haverá uma fatia de 10% a 20% reservada a investidores pessoas físicas. Com a venda mínima de 26,759 milhões de ações ordinárias, do capital pertencente ao governo do Estado de São Paulo, a instituição estréia na bolsa na sexta-feira.

Outra oferta que poderá ter a participação do varejo é a venda de 1,5 milhão de ações de emissão da Guararapes, pertencentes a quatro fundos de investimento – administrados pela Fama, Geração Futuro, Emerging Markets Management e Banco Safra – e a um investidor individual, que deve movimentar quase R$ 80 milhões. Não haverá processo de formação de preços por meio de “bookbuilding” e, sim, um leilão direto na Bovespa, previsto para o início de novembro.

Segundo o sócio da Fama Investimentos, Fábio Alperowitch, a venda de 4,81% do total de ações ordinárias tem o objetivo único de elevar a liquidez dos papéis. “Com as boas perspectivas para o setor de varejo, crédito e bens de consumo, ao vender uma parte do que tenho, o estoque pode valer mais.” Os fundos continuarão a deter uma fatia de 23,8% das ações ordinárias após a distribuição.