A multinacional alemã Basf, uma das maiores empresas que atuam no segmento de agroquímicos no país, está otimista com o crescimento de suas operações de “barter” com produtores rurais no país. A expectativa da companhia é que essa modalidade de negociação responda por entre 30% e 35% de seu faturamento com as vendas de defensivos este ano.
“Esse percentual ficou um pouco abaixo de 30% nos últimos anos, mas o ‘barter’ vem em processo de consolidação”, afirmou ao Valor Francisco Verza, vice-presidente da unidade de proteção de cultivos da Basf no Brasil.
Conforme o executivo, o atual cenário de variações no câmbio e nos preços das commodities, juntamente com uma concessão de crédito mais rígida e a juros mais elevados, reforça a insegurança no setor. Por outro lado, aumenta a importância do “barter”, uma vez que a operação ajuda a “isolar” os efeitos negativos desses fatores. “E continuamos estendendo a possibilidade de ‘barter’ para outros produtos, como café, açúcar, etanol e algodão, sempre com a intermediação de uma trading”, contou.
Verza explica que essas operações tendem a seguir concentradas em regiões de Cerrado, em Estados do Centro-Oeste e também no Matopiba (região de confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) – esta última ainda com muitas áreas novas de plantio, onde a rentabilidade corre mais risco. Na safra 2007/08, o “barter” representou 13% das vendas totais de defensivos agrícolas no país; em 2013/14, a fatia caiu para 4%.
Fonte: (Valor)