Belo Horizonte, Empresa investiu R$ 10 milhões na Ale Gás e quer faturar cerca de R$ 35 milhões ao ano. A Ale Combustíveis anunciou durante o 2º Fórum Industrial de Produtividade realizado em Belo Horizonte, que entrará no ramo do Gás Natural Comprimido (GNC) com o lançamento da Ale Gás, que já recebeu investimentos iniciais de R$ 10 milhões. A meta será faturar por ano o montante de R$ 35 milhões neste segmento.
A recém-lançada empresa terá sua estação de compressão e distribuição do gás em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O empreendimento será em parceria com a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), que deslocará o gás, via gasoduto diretamente da bacia de Campos, até a unidade mineira para ser comprimido – sua capacidade de compressão será de 1, 7 milhão de metros cúbicos. De lá, o gás através de carretas-feixes, também já denominadas no segmento de gasoduto móvel, fará o seu transporte ao destino. Inicialmente, a Ale pretende distribuir o produto para as indústrias localizadas em um raio de 300 km de Betim.
Segundo o diretor superintendente da Ale, Cláudio Zattar, a nova unidade estará em funcionamento ainda neste mês de outubro. Ele afirma que a entrada da empresa neste ramo foi causada pelas vantagens econômicas, ambientais e de segurança, proporcionada pelo gás. “Ele atenderá o futuro do País. O GNC é uma alternativa de energia que está crescendo e as indústrias estão substituindo o gás liquefeito do petróleo (GLP), o óleo combustível e o diesel, por ele.” Zattar citou a descoberta da nova bacia de gás natural em Santos, que deverá impulsionar ainda mais os negócios no segmento.
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Sobre a parceria com a Gasmig, a estatal mineira vai garantir por mês, 1,2 milhões de metros cúbicos de gás à Ale. Para Zattar, a companhia de gás mineira também se beneficia, pois além de vender o produto agora, ela também está fazendo um investimento a longo prazo. Ele acredita que com o gasoduto móvel, muitas empresas começarão a utilizar o GNC. Com isso, quando a Gasmig concluir gasodutos até estes locais, irá fazer este trajeto direto, vendendo e transportando o produto. Zattar salienta que, quando isso acontecer, a Ale estará apta para levar o gás sempre 300 km adiante. “Anteciparemos e atingiremos regiões onde o GNC, não está disponível via gasoduto”.
Fundada em 1997, a Ale entra na disputa deste mercado por se considerar uma empresa com vasta experiência no segmento de distribuição de derivados de petróleo. Zattar comenta que ela possui uma significativa carteira de clientes que consomem produtos, que podem ser substituídos pelo gás natural. Hoje, a Ale é a sexta maior empresa do Brasil no segmento de distribuição de álcool e derivados de petróleo.
A empresa também atua no segmento de biodiesel, inclusive na capital paulista, onde, no mês passado, o combustível começou a ser distribuído em quatro postos. O produto vem do Pará e de Minas Gerais.
