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Acaba joint venture entre São Martinho e Amyris

Unidade São Martinho, em Pradópolis: Joint Venture com a Amyris foi criada em 2010
Unidade São Martinho, em Pradópolis: Joint Venture com a Amyris foi criada em 2010

Em Fato Relevante divulgado nesta quarta-feira (01/07), assinado pelo diretor Financeiro e de RI Felipe Vicchiato, a São Martinho S.A (BM&FBovespa: SMTO3; Reuters: SMTO3 SA e Bloomberg: SMTO3 BZ) comunica que “o não atingimento de determinadas metas contratuais pela Amyris, impactando a viabilidade do projeto. Dessa forma, a São Martinho decide não aprovar a continuidade da construção da planta da Joint Venture com a empresa norte-americana Amyris Inc e sua subsidiária brasileira Amyris Brasil Ltda.”

Segundo o Fato Relevante, a “Amyris poderá fornecer novas informações relativas à viabilidade do projeto visando discutir um potencial novo acordo. Todavia, a Joint Venture e demais contratos entre as partes estarão automaticamente rescindidos em 31 de agosto de 2015, caso até tal data não seja celebrado um novo acordo, a critério da São Martinho. A São Martinho esclarece que não efetuou aportes na Joint Venture, os quais estavam previstos para ocorrerem somente após o início da operação da planta.”

Unidade São Martinho, em Pradópolis: Joint Venture com a Amyris foi criada em 2010
Unidade São Martinho, em Pradópolis: Joint Venture com a Amyris foi criada em 2010

Entenda sobre a Joint Venture

Em material divulgado para a imprensa em 2010, a São Martinho detalhou a Joint Venture com a Amyris. Confira:

“O Grupo São Martinho anunciou nesta quarta-feira (14/05/2010) a assinatura do acordo definitivo com a empresa norteamericana Amyris Biotechnologies e sua subsidiária brasileira Amyris Brasil, para produção de especialidades químicas a partir do caldo da cana-de-açúcar.

Os dois grupos vão formar uma joint venture, controlada em igual proporção por ambas as partes, e investir na construção de uma planta química localizada junto à Usina São Martinho, em Pradópolis-SP. A nova unidade utilizará a tecnologia da Amyris — que se baseia na modificação de leveduras, capazes de converter a sacarose – para produzir farneseno a partir do caldo da cana.

Em relação ao acordo preliminar, anunciado em dezembro de 2009, a principal modificação é que a São Martinho permanecerá como controladora integral da Usina Boa Vista – antes, havia a intenção de vender 40% da unidade à Amyris. Outra alteração importante é que a nova planta que produzirá especialidades químicas será erguida junto à Usina São Martinho, em Pradópolis-SP, e não mais junto à Boa Vista, em Quirinópolis-GO.

O início da construção da nova planta, cuja capacidade de processamento inicial é equivalente a 1 milhão de toneladas de cana de açúcar por safra, está condicionado, entre outros, à aprovação do projeto de engenharia e à obtenção de licenças ambientais, até dezembro deste ano.

Entre os produtos que poderão ser gerados com a parceria estão químicos renováveis para uma variedade de bens de consumo e aplicações industriais que hoje dependem de componentes petroquímicos, entre eles lubrificantes, polímeros, sulfactantes, preservantes e cosméticos. Também será possível a produção de diesel renovável e combustível para aviação, cuja performance é igual ou superior à de biocombustíveis existentes e dos combustíveis à base de petróleo.

O Grupo São Martinho fornecerá xarope de cana-de-açúcar para a joint venture e a comercialização da produção da joint venture será feita pelo Grupo Amyris.”