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Santa Vitória começará a produzir etanol neste ano

Santa Vitória começará a produzir etanol neste ano

A usina Santa Vitória Açúcar e Álcool, uma joint venture formada pela Dow Chemical Company e a Mitsui & Co Ltda, iniciará a produção comercial de etanol até o fim do ano. A planta é parte do complexo que fabricará plástico verde em Minas Gerais e tem capacidade para 240 mil metros cúbicos de combustível hidratado por ano-safra.

Segundo informações da própria empresa, a usina está em fase final de construção e comissionamento e, por isso, ainda não há uma data fechada para a inauguração oficial da unidade. Mas já está definido que o início da produção comercial será ainda neste ano.

A capacidade de moagem da usina de etanol é de 2,7 milhões de toneladas ao ano de cana-de-açúcar. O complexo está localizado na área industrial do município de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, há 10 quilômetros da área urbana. Esta é a primeira etapa do projeto maior que engloba a produção de polietileno, de etanol e açúcar.

Para suprir a planta de matéria-prima, a empresa cultiva em torno de 33 mil hectares e prospecta novas áreas para ampliar a plantação. Atualmente, são utilizadas áreas de Santa Vitória, Ipiaçu, Gurinhatã, no Triângulo, e de São Simão, em Goiás. O objetivo é chegar a 120 mil hectares.

Para o presidente-executivo da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, o projeto, que está atrasado, se tornará realidade em um bom momento. Isso porque é exatamente agora que o mercado está mais demandante de etanol. “A usina teve um atraso de dois anos para ser inaugurada, mas entra no mercado neste ano com uma produção interessante.  positivo por agregar mais valor à produção de etanol no Estado”, afirma.

O objetivo inicial era inaugurar a usina no segundo trimestre de 2013 para dar andamento, em seguida, ao segundo passo do projeto, que é a fábrica de polietilenos à base de biomassa em substituição aos tradicionais recursos fósseis.

Contratempos – Nesta perspectiva, até o fim de 2013 todo o complexo estaria preparado para a produção do plástico verde. Pelo menos essa era a promessa inicial quando houve o anúncio do empreendimento, em 2007. Depois de um longo percurso para conseguir licença ambiental, foi definido o cronograma para término das obras em abril de 2015. O prazo também não foi cumprido.

A empresa não apresenta nenhuma informação sobre os próximos passos para a produção comercial do plástico verde. Mas os percalços enfrentados até o momento para a efetivação do investimento já são notórios. Primeiro teve a questão dos custos. Quando foi firmado o protocolo de intenções junto ao governo do Estado, estimava-se um aporte em torno de R$ 2,435 bilhões. Porém, após a revisão feita no projeto, o valor passou a ser de R$ 3 bilhões.

Além da mudança de valores, pesou para o atraso do projeto uma série de contratempos na construção. No início, estava prevista uma parceria entre a multinacional Dow Chemical Company e a brasileira Crystalsev. Porém, a crise econômica mundial iniciada em 2008 impediu a efetivação do projeto. Isso porque a Santelisa Vale, que controlava a Crystalsev, vendeu 60% dos ativos da empresa para o grupo francês Louis Dreyfus, que desistiu da proposta. O projeto foi retomado após a formação da joint venture entre a Dow e a Mitsui.

Fonte: (Diário do Comércio)