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Chuva e vento ampliam impurezas na colheita

As chuvas prejudicam o ritmo da colheita no Centro-Sul
As chuvas prejudicam o ritmo da colheita no Centro-Sul

As chuvas e ventanias registradas em maio afetaram boa parte da colheita das usinas do Estado de São Paulo neste primeiro mês recém-completado da safra 2015/16.

O tombamento é visivelmente o maior problema, mas, conforme apurado pelo portal JornalCana, a situação climática tem gerado mais presença de impurezas no transporte da cana-de-açúcar colhida.

Pitangueiras: 320 mil toneladas de cana moídas no primeiro mês de safra

Tradicionalmente, a presença na cana colhida mecanicamente que chega à indústria é da ordem de 5% de impurezas vegetais e de até 1% de terra. As usinas geralmente estão preparadas tecnicamente para lidar com esses percentuais de problemas.

Mas com as recentes chuvas e ventanias, a cana colhida tem chegado à indústria com até 8% de impurezas vegetais e com mais de 1% de terra.

“A maior presença de impurezas vegetais se deve também ao tombamento da cana”, diz o empresário João Henrique de Andrade, diretor da Usina Pitangueiras, localizada na cidade paulista de mesmo nome.

Segundo ele, lidar com 8% de impurezas vegetais e com 1% de terra tem exigido mais dos processos de limpeza, o que gera mais investimentos e tempo.

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Apesar dos problemas, a Pitangueiras, conforme Andrade, encerrou o primeiro mês da safra 15/16 no ritmo esperado de moagem. A unidade fechou os primeiros 30 dias do ciclo com 320 mil toneladas moídas. A quantidade de Açúcares Totais Renováveis (ATR) está baixa, na ordem de 115 kg por toneladas, mas, segundo o empresário, esse resultado já era esperado por conta das condições climáticas.

Para a safra vigente, a Pitangueiras espera colher 2,36 milhões de toneladas de cana, 100 mil toneladas acima do ciclo 14/15.

Apesar da queda atual de ATR, Andrade aposta que na média encerrará a safra atual com 137 kg de ATR por toneladas. No ciclo anterior, a média ficou em 142,70 kg de ATR por tonelada.

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