A crise provocada pela falta de combustíveis na província de Guangdong, um dos principais centros econômicos e financeiros da China, é cada vez mais aguda. Apesar das promessas do governo provincial de “normalizar a situação em três dias”, oracionamento segue estampado nos cartazes dependurados nos postos de combustíveis, nas intermináveis filas de automóveis e no ágio praticado no mercado paralelo. Enquanto isso, a Sinopec, a estatal de petróleo da China, ao tentar explicar as causas do desabastecimento aos consumidores, abre os olhos do governo para o precário sistema de administração e gerenciamento da distribuição de derivados de petróleo. Em nota oficial ontem, o governo chinês anunciou que o problema de Guangdong não é o de outras cidades do país, onde a situação é normal. De acordo com a Sinopec, uma das gigantes mundiais do setor petroquímico, a raiz da crise está no fato de os preços nacionais dos combustíveis não acompanharem os preços praticados no mercado internacional. “O cenário desestimula as atividades das empresas nacionais e estrangeiras que atuam no setor”, explicou a empresa em uma reportagem à Agência de Notícias Xinhua. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, A China processou 169,6milhões de toneladas de petróleo nos primeiros sete meses deste ano, com um aumento interanual de 7,6%. Mas o resultado recorde, sozinho, parece longe de satisfazer as necessidades estratégicas do mercado. “Temos que aumentar o valor dos combustíveis, reduzir o valor dos impostos sobre as importações, elevar os subsídios e formar reservas destinadas a equilibrar a relação entre oferta e demanda”, avaliam os técnicos da Sinopec. As autoridades provinciais de Guangdong alegam, entre outros fatos, que Hong Kong e Macau também passaram a se abastecer de suas reservas. “Isto acelerou o consumo no Delta do Rio das Pérolas”, informaram em entrevista à Xinhua. No entanto, segundo a Mesma reportagem, as autoridades caíram em descrédito junto à população ao “não cumprirem a promessa de normalização do abastecimento emtrês dias”. Os postos estão liberados a colocarem somente dez litros de gasolina nos tanques dos clientes; os órgãos públicos e as empresas privadas suspenderam a circulação de suas frotas de veículos de passeio e o litro da gasolina comum está custando 7,5 yuans (US$ 0,92) no mercado paralelo – antes do racionamento, o litro custava 4 yuans (US$ 0,49) nas bombas. Para Shang Guobao, vicediretor da Comissão de Reforma e Desenvolvimento da China, no entanto, a crise levará o governo a“ Rever a política nacional da distribuição dos refinados, atualmente monopolizado por apenas duas empresas”. O que ele quis dizer, segundo analistas, é que se vive o prenúncio da reestruturação do setor de distribuição de combustíveis na China.
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Filas e ágio em Guangdong, por falta de gasolina
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