A Petrobrás diz que ainda não decidiu sobre reajustes nos preços da gasolina e do diesel, mas o mercado dá como certo que os aumentos serão promovidos ainda neste trimestre. A avaliação geral é de que o momento é propício, já que ainflação caminha para o centro da meta estabelecida pelo Banco Central e o preço do petróleo futuro não dá sinais de que vai cairabaixodosUS$60porbarril no curto prazo. “Se realmente for verificado que esse preço é sustentável, vamos ter de tomar uma atitude”, afirmou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. O último reajuste no preço dos dois combustíveis foi promovido em novembro, com petróleo ainda na casa dos US$ 40 por barril. A empresa mantém o discurso de que vem esperando a formação de um novo patamar antes de decidir por novos preços. Não há no mercado, no entanto, ninguém que acredite que as cotações internacionais voltem para os níveis antigos. A expectativa é de que a commodity feche o ano entre US$ 50 e US$ 55 por barril. A demanda não pára de crescer e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo informou que não tem condições de aumentar a produção no curto prazo. O diretor da Petrobrás destaca que a valorização do real frente ao dólar tem contribuído para reduziros e feitos da disparada da cotação internacional do petróleo. Mas, em “chat” com investidores, ontem, o gerente de Investidor Individual da companhia, Paulo Maurício Campos, admitiu que há uma pequena defasagem nos preços internos dos combustíveis. “Em novembro de 2004, o petróleo estava em torno de US$ 48 o barril e o câmbio a R$ 2,80 por dólar. Hoje o petróleo está em US$ 60 o barril, e o câmbio a R$2,35 por dólar, o que praticamente anula, em reais, o efeito do aumento do preço internacional do barril de petróleo. Assim sendo, a diferença de preços entre mercado internacional e preços interno é pequena”, afirmou. Ainda assim, o mercado começou a interpretar de forma diferente as novas declarações de executivos da empresa. Já há distribuidoras de combustíveis tentando antecipar ou ampliar volumes de combustíveis para não serem pegas de surpresa. “Estamos começando a nos preparar, puxando o máximo de produtos que pudermos”, disse um executivodo setor, que pediu para não ser identificado, completando que esperava uma alta para esta semana. Paulo Roberto Costa não quis dizer quando será tomada a decisão sobre os preços, limitando- se a informar que a análise do mercado é feita semanalmente. “Na hora em que entendermos que a alta não é mais volatilidade, vamos decidir”, reforçou. Um analista observou que a crise política é mais um fator de peso na tomada de decisão, porque ofusca outras más notícias. O diretor da Petrobrás frisou, porém, que qualquer decisão será tomada pela estatal, sem interferência do governo federal, controlador da empresa.
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