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Pecege da Esalq analisa custos de produção de cana no Brasil

Operação agrícola deve ser feita com qualidade e segurança
Operação agrícola deve ser feita com qualidade e segurança

O Pecege (Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas), da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), inicia neste mês o 12º levantamento de custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil da safra 2014/14.

2008-03-12 Colheita Mecanizada CanaRealizado com o apoio da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), o estudo tem o objetivo de realizar o acompanhamento periódico dos custos de produção sucroenergéticos, gerando indicadores do mercado que possibilitem prospectar as oportunidades e tendências do setor.

De acordo com Haroldo Torres da Silva, economista e pesquisador do Pecege, no levantamento da safra anterior (2013/14), o estudo apontou que a produtividade agrícola na região Sudeste foi gravemente afetada pelo longo período de estiagem.

“Na região Centro-sul tradicional, que compreende os estados de São Paulo e Paraná, a produtividade agrícola do canavial entre 2013 e 2014 foi de 81,2 t/há. Em contrapartida, a safra de 2014/2015 sofreu queda de 6,7% da produtividade, registrando volume de 76 t/há”, afirmou.

Outro ponto negativo foi revelado no estudo sobre a última safra. “O custo de produção agroindustrial de processamento de cana foi de R$112,22 por tonelada durante a safra 2013-2014. Para a safra 2014-2015, estima-se que o custo total de processamento tenha se elevado em 6%”, disse.

Ainda segundo o levantamento da safra anterior, a produção do etanol anidro gerou, em média, 8% em prejuízos para as usinas de São Paulo e Paraná. “Os acompanhamentos de custos para a safra 2014-2015 sugerem uma margem econômica negativa para a produção de etanol anidro e hidratado de 6% e de -12%, respectivamente”.

Outro resultado apresentado pelo levantamento da última safra é relacionado à produção de bioeletricidade gerada a partir da biomassa da cana-de-açúcar. “A venda de bioletrecidade, em média, contribuiu para a redução dos custos agroindustriais em 3%. Para usinas com maior capacidade de cogeração, a contribuição foi de cerca de 4%”, disse.

(Fonte: Jornal de Piracicaba)