A Ceres, uma companhia de biotecnologia agrícola, e a sucroalcooleira Raízen, anunciaram hoje ter assinado uma acordo de colaboração para desenvolver e produzir sorgo sacarino em escala industrial. O sorgo sacarino pode ser cultivado para complementar as fontes de abastecimento existentes e estender a temporada de operações das usinas de cana brasileiras.
As empresas vão contribuir uma com a outra em serviços e recursos e dividir a receita proveniente do etanol produzido a partir do sorgo sacarino da Ceres. Nesta temporada, a Raízen tem avaliado o sorgo da Ceres em uma única usina, mas pretende expandir para várias unidades nas próximas safras.
O presidente e CEO da Ceres, Richard Hamilton, disse que a empresa tem o prazer de trabalhar mais de perto com Raízen, que assumiu um papel de liderança na adoção de novas tecnologias agrícolas e industriais. “A indústria de etanol no Brasil tem uma história de competição de sucesso contra o petróleo e acreditamos que o sorgo sacarino, que tem menores custos de produção do que a cana, pode servir como parte integrante do fornecimento de matéria-prima à indústria”, disse, em comunicado.
A Raízen, joint-venture entre a Shell e a Cosan, tem ampliado seu interesse em sorgo sacarino como forma de aumentar suas margens e permitir que as usinas trabalhem por mais tempo, no período de entressafra de cana. A empresa tem avaliados híbridos de sorgo da Ceres desde 2011.
“Durante as últimas temporadas tivemos melhorias significativas de desempenho e estamos otimistas de que o sorgo sacarino pode ser usado para intensificar o fornecimento de matéria-prima na sequência da crise atual no setor”, disse Antonio Stuchi, diretor industrial da Agro Raízen. “Ao trabalhar com Ceres, temos acesso antecipado às mais recentes inovações em sementes e os principais especialistas em gestão de cultura do sorgo.”