A Usina Santa Fé, localizada em Nova Europa (SP), está em vias de começar a safra 2015/16 com plano de expandir a produção nos próximos anos. Isso depende basicamente do resultado de dois aportes: ganho de área canavieira em terras vizinhas até então ocupadas pela citricultura, e retorno do investimento em cana irrigada por gotejamento.
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O avanço da oferta de canaviais deve vir de pequenos produtores citrícolas de Tabatinga, município próximo à Santa Fé no qual há migração para a cana-de-açúcar.
Enquanto trabalha pelo projeto de expansão, a Santa Fé se prepara para começar a safra na primeira quinzena de abril com mais cana. Segundo o Diretor Agrícola Francisco Sylvio Malzoni Gavotti, a previsão é a de moer 3,7 milhões de toneladas de cana, 200 mil toneladas acima da moagem 14/15.
Em menos de cinco anos, conforme Gavotti, a meta é obter mais 300 mil toneladas de cana a partir de novas áreas em terras citrícolas.
Outra aposta para o ganho de mais cana é o aporte em irrigação por gotejamento. Para essa safra, há 100 hectares irrigados. “Não é um experimento, mas uma área comercial”, diz ele, lembrando que o grupo já tem experiência com cana irrigada em 40 hectares de uma usina (Santa Luiza) da qual era sócio, e vendeu sua parte em 2014.
A produção de etanol terá destaque na safra 15/16 da Santa Fé. O biocombustível deverá corresponder a 55% do mix, enquanto o açúcar ficará com os 45% restantes. No ciclo 14/15, ocorreu o inverso.
A Santa Fé tem projeto pronto para cogerar eletricidade excedente e vender no mercado, mas ainda sem data para iniciar a operação. A área para implantar a linha de transmissão está até reservada mas, por ora, a unidade continua vendendo a sobra de bagaço de cana.
“Temos contrato firme de fornecimento do bagaço para parque citrícola localizado em nossa região”, diz Gavotti. Ele não revela valores, mas admite que o faturamento com essa comercialização compete de perto com a venda do megawatt-hora no mercado.