Agricultura

Usina de SP testa cana irrigada por gotejamento

Cana cultivada por irrigação por gotejamento: ritmo de crescimento
Cana cultivada por irrigação por gotejamento: ritmo de crescimento

A Usina Santa Fé S.A., de Nova Europa (SP), vive a expectativa de fazer a primeira colheita de 100 hectares cultivados com irrigação por gotejamento. A colheita está prevista entre junho e julho próximos.

O plantio foi feito em fevereiro de 2014 com duas variedades: a RB 92 579, já utilizada em canaviais irrigados na região Nordeste do país, e a CTC 4, empregada pela primeira vez nesse tipo de cultivo.

O projeto de implementação é da Netafim, de Ribeirão Preto, que nesta quinta-feira (05) realizou Dia de Campo para mostrar a tecnologia.

A previsão é de ganhos de produtividade entre 30% e 40% na comparação com o cultivo convencional. Na safra 2014/15, a Santa Fé colheu em média 82 toneladas de cana por hectare (tch).

A expectativa é de que haja mais ganho em oferta de biomassa, por conta do maior porte das plantas, em relação rendimento de açúcar, uma vez que a presença de água durante todo o período de vegetação, sem estresse hídrico, interfere nesse ganho.

Outro ganho previsto é a longevidade dos canaviais, que deverão permitir até 12 cortes.

Segundo Matheus Uzololotto Lopes, coordenador de Plantio e Preparo do Solo da Santa Fé, os investimentos na implantação do sistema de irrigação por gotejamento somaram médios R$ 6 mil por hectare. Já o plantio de cada hectare de cana somou outros R$ 5 mil a R$ 7 mil por hectare.

Conforme Lopes, o emprego de água na cana irrigada por gotejamento obedece limite de 3 mililitros por dia até a saturação (no caso, 25 quilopascal, ou kPa). A água é captada diretamente de reserva devidamente outorgada pela usina.

Fernando Mattos, Diretor Industrial da Santa Fé, diz que caso o sistema por gotejamento seja aprovado, há o objetivo de estender o plantio irrigado em outros 200 hectares.