Mercado

Valorização do yuan não altera comércio com Brasil

A recente medida de valorização da moeda chinesa, yuan, em 2,1%, adotada na última semana pelo governo da China, não irá modificar a balança comercial com o Brasil no curtíssimo prazo. A avaliação é do ministro-interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho.

Ele disse concordar com a maioria dos analistas, que afirmam que apenas 2% não são suficientes para modificar o quadro comercial existente entre Brasil e China. “O que achamos importante é que é um sinal. Agora o câmbio chinês começa a flutuar e as possibilidades de aumento nas exportações são, a médio e longo prazo, boas para os produtos manufaturados”, afirmou.

Ramalho afirmou que os produtos básicos, como soja e minério de ferro, que compõem a principal pauta exportadora brasileira para a China e já têm contratos de fornecimento, não devem sofrer modificação mais expressiva. Ramalho avaliou que a exportação brasileira para a China está ainda com uma pauta muito concentrada em básicos e é importante que o Brasil consiga diversificar. Ele disse ver boas possibilidades para a indústria de máquinas e equipamentos, material de transporte, aviação, entre outros produtos manufaturados.