O presidente da Petrobras Biocombustível, Alberto Fontes, se reuniu com o governador Robinson Faria nessa sexta-feira (20) para discutir a ampliação da atuação da companhia no Rio Grande do Norte, com destaque para a planta de biodiesel de Guamaré, que acaba de receber a licença para operar comercialmente após passar por obras para ampliação e adaptações técnicas.
Até então, a unidade era utilizada apenas como planta experimental de novas tecnologias. Com a concessão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de fevereiro, a planta potiguar triplica sua capacidade inicial, enquanto planta experimental, saltando de 7,2 milhões de litros de biodiesel ao ano para 20,1 milhões para produção comercial.
Para iniciar a plena operação em escala comercial, a usina aguardará a publicação da licença de comercialização, o que ocorrerá brevemente, capacitando a unidade a participar dos próximos leilões da ANP. Com a ampliação, a Petrobras Biocombustível terá capacidade para cerca de 867 milhões de litros de biodiesel por ano, somando-se as capacidades produtivas das três usinas próprias da empresa, localizadas em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE), e duas em parceria com a empresa BSBIOS, em Marialva (PR) e em Passo Fundo (RS).
Matéria-prima sustentável
O desafio é a estruturação da cadeia produtiva do biodiesel no estado de forma sustentável, contribuindo com geração de novas oportunidades de renda e contribuindo com meio ambiente. Nesse sentido, a Petrobras Biocombustível e a Liquigás Distribuidora promovem em parceria uma campanha de coleta de óleo de cozinha usado no estado do Rio Grande do Norte. Em outra parceria, desta vez com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a companhia mantém, na cidade de Extremoz, a 16 quilômetros de Natal, uma planta piloto para cultivo de microalgas para produção de biodiesel. As microalgas colocam a Petrobras na vanguarda das pesquisas de renováveis na América Latina em razão de seu potencial de produção de óleo, superior aos das espécies vegetais utilizadas na produção de biodiesel, aliado à absorção de CO2 e à limpeza da água. O projeto identificou cerca de 10 espécies de microalgas capazes de crescer em água de produção de petróleo, uma vez que serão cultivadas nesses tanques.
(Fonte: Tribuna do Norte)