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Telefonia e água elevam IPC-S para 0,14%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal ( IPC-S)subiupara0,14% no período encerrado em 15 de julho, ante alta de 0,06% no IPC-S anterior, de até 7 de julho.

Segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV), reajustes em preços administrados, como tarifas de telefonia e de água, foram responsáveis por quase metade do resultado do indicador, que deve continuar em tendência de alta durante todo o mês de julho.

Segundo o economista da FGV André Braz, esse mês a inflação do varejo sofrerá com o impacto do reajuste de telefonia fixa, realizado historicamente em meados do ano. Além disso, há um movimento de alta nos preços dos alimentos, por causa do início de entressafra de alguns itens de peso na formação do indicador – a oferta dos produtos diminuie, por conseqüência, os preços sobem.

Mas o técnico fez questão de ressaltar que essa elevação no IPC-S é provocada por fatores temporários. “Essa elevação não é preocupante. É facilmente identificável como passageira”, disse, lembrando que, nessa época do ano, o reajuste de telefonia fixa costuma elevar os indicadores inflacionários referentes ao varejo.

Com as variações de preço em taxa de água e esgoto (0,62%), telefonia fixa (2,04%) e telefoniacelular (0,38%), os preços do grupo Habitação subiram para 0,61% no IPC-S divulgado ontem, ante alta de 0,42% no indicador anterior. Braz informou que estes três preços administrados foram responsáveis por 50% da taxa do grupo Habitação.

O aumento na taxa do IPC-S também sofreu impacto dos preços dos alimentos novarejo, que estão em queda menos intensa (de -0,60% para -0,54%).

Braz explica que os preços de hortaliças e legumes, que têm um comportamento volátil e suscetível às mudanças climáticas, continuam caindo mas em menor intensidade (de -7,37% para -6,29%). Outro ponto destacado pelo economista foi o começo de entressafra de vários produtos agrícolas de peso, cuja queda de preços também diminuiu de intensidade, por causa da menor oferta.

É o caso de carne bovina (de -0,74% para -0,62%); carne suína (de -1,38% para -1,05%) e aves e ovos (de -0,30% para -0,16%).

Outro fator que contribuiu para deixar os preços e malta foi o comportamento de Transportes, cujos preços passaram de 0,01% para 0,09%, influenciado por queda menos intensa nos preços de álcool combustível (de -5,11% para -3,69%).

Dos sete grupos que compõem o indicador, cinco apresentaram elevação de preço ou queda menos intensa, ante o IPC-S anterior. Além dos três já citados, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,28% para 0,36%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,18% para 0,34%). Um único grupo apresentou recuo de preços, no período: Vestuário (de 0,63% para 0,19%). Outro grupo permaneceu com a mesma taxa do IPC-S anterior, que foi o caso de Despesas Diversas (0,25%).

PRINCIPAIS ALTAS

0,61% foi quanto subiram os preços do grupo Habitação, que engloba taxa de água e esgoto, telefonia fixa e telefonia celular. O índice anterior era de 0,42%

-0,54% foi o aumento dos preços dos alimentos no varejo, em queda menos intensa: o índice anterior era de-0,60%

0,09% foi o aumento dos preços no grupo de Transportes, que no índice anterior era de 0,01%