Salvador, A agricultura familiar terá uma base de sustento mais sólida a partir de agosto, quando entra em operação, no Rio Grande do Norte, uma usina-piloto da Petrobras para produção de biodiesel. Em sintonia com o Programa Fome Zero, do Governo Federal, os estudos da Petrobras indicam que a produção de biodiesel vai proporcionar aos agricultores no semi-árido nordestino uma renda mensal de R$ 300 por pessoa, a partir do cultivo da mamona, castanha de caju ou qualquer outra planta oleaginosa.Para o coordenador do Programa Petrobras Fome Zero no Nordeste, Luiz Carlos Santos, as vantagens do biodiesel vão além da inclusão social, oportunidades de trabalho e renda na agricultura familiar. “Há também as vantagens econômicas, já que o Brasil deixaria de gastar US$ 3 bilhões anualmente com a importação do diesel”, diz.
Benefícios ambientais
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O coordenador também destaca os benefícios ambientais; “O biodiesel não provoca chuva ácida, efeito estufa e não contém elementos tóxicos”. Luiz Carlos ressalta ainda que a produção de biodiesel vai gerar emprego em áreas historicamente de baixa produtividade agrícola e de extrema pobreza. Pelas projeções da Petrobras, a usina-piloto, localizada no Campo de Estreito, nas proximidades das cidades de Guamaré e Upanema, no Rio Grande do Norte, vai processar 10 toneladas/dia de mamona, produzindo seis mil litros de biodiesel por dia. “É uma produção ainda pequena, mas não deixa de ser um começo”.
