O setor sucroalcooleiro pode passar por um processo de desnacionalização, de acordo com o empresário Maurílio Biagi. Segundo ele, existem muitas empresas estrangeiras querendo investir no Brasil e os grupos existentes hoje já não são mais fortes como antigamente. Biagi diz que a Copersucar já não possui a força e a unidade de antigamente e outros grupos como Cosan e Crystalsev são dependentes do mercado. “São grupos fortes mas são bastantes sensíveis aos movimentos do mercado”, disse.
Biagi admite que pelo menos um dirigente de um destes grupos teria lhe confessado o desejo de vender o grupo para uma estrangeira. Biagi participou hoje, na Sociedade Rural Brasileira, da constituição do Comitê de Agroenergia e Biocombustíveis da entidade, onde terá o cargo de presidente.
O empresário acredita que o álcool permitirá ao setor equilibrar um aumento significativo na produção de açúcar. Segundo ele, entre a safra 2005/06 e a safra 2010/2011 a produção brasileira de açúcar deverá passar de 27,2 milhões de toneladas para 30,8 bilhões de toneladas.
Já a produção de álcool deverá passar, no mesmo período, de 16,5 bilhões de litros para 27,3 bilhões de litros. Biagi acredita, contudo, que o grande motor deste crescimento do álcool será o mercado interno e não a demanda exportadora que está surgindo.