Os preços do açúcar na bolsa de Nova York, que subiram 21% nos últimos 12 meses, deverão se manter em alta na safra 2005/06 sustentados pelos sinais de déficit na oferta mundial, conforme avaliação da F.O. Licht. As menores safras de cana de China, Tailândia e Cuba provavelmente derrubarão a produção mundial para 143,5 milhões de toneladas de açúcar não-refinado no ano-móvel até 30 de setembro próximo, ante 143,7 milhões no mesmo período anterior, segundo previsão da Licht. Em fevereiro passado, a empresa alemã previu produção mundial de 142,5 milhões para a safra 2004/05.
Notícias Relacionadas
A crescente demanda por importações da Índia, maior consumidor mundial de açúcar, ajudou a determinar o salto de 59% dos preços futuros em Nova York em 2004. A alta elevou os gastos de empresas como a Mars, segunda maior fabricante de doces dos EUA, que elevou seus preços em 5% no ano passado, o primeiro reajuste em três anos. Mas o aumento da produção do Brasil, que responde por 16% da produção mundial de açúcar e por 29% das exportações, pode ajudar a conter a alta dos preços. O Brasil, segundo a Licht, produzirá 28,3 milhões de toneladas de açúcar em 2004/05, 7,2% mais que em 2003/04. Para a empresa, o aumento das cotações externas do açúcar pode levar o Brasil a utilizar uma parcela maior de sua safra de cana para o produto, ampliando a oferta do país.
