Mercado

Açúcar: corte do subsídio na UE beneficia Alagoas

Proposta da Comissão Européia de reduzir em 39% os subsídios para produtores de açúcar da União Européia pode beneficiar os empresários do setor sucroalcooleiro em Alagoas. Com a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), a Comissão Européia prevê que haverá redução de 6,2 toneladas de açúcar por ano. Essa nova demanda tem grandes chances de ser suprida pelo Brasil e, seguindo o país, pelos produtores de Alagoas.

Para o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar/AL), Pedro Robério, o Brasil tem a chance de ocupar o mercado europeu porque tem o menor custo de produção do mundo. “O Brasil, como sendo grande favorecido e Alagoas, no rastro, será grande beneficiária”. Robério diz que Alagoas tem vantagem no custo de produção do açúcar exportado em relação aos estados do Centro–Sul. “A média da distância entre as usinas e o Porto de Maceió é de 90 km. A distância das usinas de São Paulo e o Porto de Santos é de cerca de 300 km”. Além disso, o Porto de Maceió é mais próximo dos portos europeus.

Produção

Robério diz que não vê cenário de aumento da produção de Alagoas por causa da limitação das fronteiras agrícolas. “O aumento das exportações será com substituição de mercado interno para mercado externo”.

Do total da produção de açúcar de Alagoas, 70% é exportado para fora do país, principalmente para a Rússia. Dos outros 30%, 25% do açúcar é mandado para os outros estados e apenas 5% fica em Alagoas. Robério diz que a idéia é reduzir o volume de açúcar que vai para os outros estados e mandar parte dele para o exterior. Hoje, Alagoas não exporta nada para a Europa.

Subsídio

O subsídio do açúcar na União Européia era contestado na OMC pelo Brasil, Tailândia e Austrália. O bloco europeu paga hoje 632 euros (cerca de R$ 1.813) por tonelada, aproximadamente o triplo do preço do produto no mercado internacional.

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