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Redução do uso do diesel na França pode gerar oportunidade para etanol brasileiro

Redução do uso do diesel na França pode gerar oportunidade para etanol brasileiro

Após anos de uso do diesel como principal combustível em sua matriz energética, chegando a 80% da frota de veículos, a França anunciou que irá retirar, gradativamente, os subsídios dados a essa fonte de energia, aumentando, no ano que vem, em 4 centavos de euro o litro e, consequentemente, reduzindo seu consumo, além de instaurar um sistema para identificação dos veículos, possibilitando as autoridades locais limitar o acesso de carros mais poluentes às cidades.

A medida pode ser uma oportunidade na adoção de fontes de energia mais limpas e renováveis para a frota automotiva francesa, entre elas os biocombustíveis como o etanol e o carro elétrico.

A União da indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) desde 2008 mantém um diálogo com autoridades e o mercado automotivo europeu com o objetivo de mostrar os benefícios para o meio ambiente proporcionados pelo etanol e a adoção do combustível brasileiro como alternativa para o consumidor local.

Recentemente a UNICA, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), organizou em Bruxelas (Bélgica) um seminário dedicado aos biocombustíveis. O “Think Energy. Think Brazil: Perspectives on the 2030 Energy and Climate Package” reuniu especialistas para debater o uso dos biocombustíveis sustentáveis no transporte da União Europeia (U.E.), além de promover o etanol de cana-de-açúcar como uma opção para reduzir a poluição local, objetivo das autoridades francesas.

Além disso, Géraldine Kutas, assessora sênior da Presidência da UNICA para Assuntos Internacionais, participou do painel ‘Policy, policy, policy: 2014 Milestones and future implications’ durante o F.O.Licht’s World Ethanol and Biofuels , realizado em novembro último em Londres. Em sua palestra, a executiva enfatizou o aumento da mistura de etanol na gasolina para 27.5% e a maior eficiência dos caros flex, gerando interesse entre os europeus, que atuam para convencer as autoridades a autorizar a mistura de E20 na U.E.

Fonte: Unica