Desde 2003, quando foi introduzido o motor flex no Brasil, o uso do etanol já evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de carbono, volume que corresponde a três anos de emissões de um país como o Chile. A informação está em comunicado divulgado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) e é atribuída ao consultor da entidade, Alfred Szwarc.
A nota destaca os benefícios ambientais do combustível feito a partir da cana. Reforça ainda as críticas ao governo federal. De acordo com a Unica, eliminando a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, o governo causou “aumento no consumo do combustível fóssil e o etanol perdeu competitividade”.
Apesar disso, a Unica lembra que, neste momento, o etanol está economicamente vantajoso para o consumidor. De acordo com a entidade, com base no estado de São Paulo, principal mercado consumidor, o litro do combustível está entre R$ 1,47 e R$ 2,90 enquanto a mesma quantidade de gasolina varia de R$ 2,45 a R$ 2,80.
“O que mais chama atenção é a paridade entre os combustíveis, que é obtida a partir da divisão do preço do etanol hidratado pelo preço da gasolina ao consumidor. Se este resultado ficar em até 70%, pode-se considerar que o consumo de etanol é economicamente mais viável em relação à gasolina. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a paridade entre o preço médio dos combustíveis está em torno de 64%”, lembra a entidade que representa a indústria de açúcar e etanol.
Apesar de destacar a vantagem ambiental e econômica do etanol, o comunicado da Unica destaca que 40% da frota de veículos flex não é abastecida com o combustível atualmente.
(Fonte: Globo Rural)