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"Será um desestimulo", diz especialista sobre redução do PLD

Souza: setor pode ser estimulado a ampliar a cogeração
Souza: setor pode ser estimulado a ampliar a cogeração

Foi noticiado ontem que a Aneel — Agência Nacional de Energia Elétrica colocou em Audiência Pública, que vai até 10 de novembro, a proposta para diminuir o PLD — Preço de Liquidação das Diferenças, metodologia utilizada para valorar a energia transacionada no mercado de curto prazo, entre os agentes da CCEE — Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Atualmente, os preços máximo e mínimo são R$ 822,83/MWh e R$ 15,62/MWh, respectivamente, sendo que a proposta fixa os valores em R$ 388,04/MWh máximo e R$ 30,26/MWh mínimo. Zilmar de Souza, gerente em bioeletricidade da Unica — União da Indústria de Cana-de-Açúcar, explica que as regras previstas para os leilões de energia permanecem as mesmas. A proposta visa a mudança apenas para a comercialização adicional de energia, via mercado spot.

A fonte biomassa  aumentou sua geração de energia elétrica em mais de 70% em relação ao igual trimestre do ano passado. Para as usinas sucroenergéticas, caso seja estabelecida a mudança, será um desestimulo. “Esse aumento ocorreu pelo estimulo do preço. Muitas empresas investiram visando a próxima entressafra. Mas, caso a regra mude durante o jogo, o trabalho pode ficar para outro momento”.

O especialista disse ainda que esse adicional energético veio em um momento critico vivido no Estado de São Paulo. “Foi muito bom porque ofertamos mais energia ao sistema e isso ajudou na diminuição do estresse hídrico”, afirmou, lembrando da seca sofrida na região.