Mercado

Exportações agrícolas mantêm a força

As exportações de produtos agrícolas continuam fortes, apesar da quebra recorde de 18,2 milhões de toneladas na safra 2004/05 e do câmbio desfavorável ao comércio exterior.

Segundo números divulgados ontem pela Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, no acumulado de janeiro a maio, as exportações do agronegócio renderam US$ 15,994 bilhões, recorde para o período e 13,5% a mais ante igual período de 2004, quando foram apurados US$ 14,091 bilhões. As importações de produtos agrícolas no período cresceram 4,1%, registrando US$ 2,049 bilhões, ante US$ 1,968 bilhão em 2004.

O superávit comercial foi de US$ 13,944 bilhões, 15% acima dos US$ 12,122 bilhões entre janeiro e maio de 2004. O resultado é recorde para períodos de cinco meses. Este ano, cresceram as exportações de carnes (32,5%); açúcar e álcool (84%); madeiras (18,4%); café (65%); fumo e tabaco (14%); frutas, hortaliças e preparações (16,4%); e leite, laticínios e ovos (19,4%).

Em maio, o Brasil exportou US$ 3,75 bilhões em produtos agrícolas, 10% a mais ante maio de 2004 (US$ 3,406 bilhões). As importações cresceram 10% no mês, somando US$ 423 milhões, ante US$ 383,624 milhões no ano passado.

O superávit da balança comercial somou US$ 3,327 bilhões no mês, 10% acima do superávit de maio de 2004. Tanto o valor das exportações quanto o superávit comercial representam recordes para meses de maio. No mês, o ministério destacou o crescimento de 32,3% nas exportações de carnes, que renderam US$ 691,260 milhões em 2005, ANTE US$ 520,366 milhões no mesmo mês do ano passado.

Os técnicos do ministério destacaram o crescimento de 48,2% no faturamento obtido com as exportações de carne bovina in natura. A receita cambial obtida com os embarques de frango in natura cresceram 20,5%.

Em valores, as exportações de carne suína cresceram 46,8%. No caso da carne bovina in natura, o aumento do valor exportado foi determinado pelo crescimento das quantidades (50,3%), uma vez que os preços foram levemente inferiores aos do mesmo período do ano anterior (-1,3%).

Os dados mostram crescimento de 152% nas exportações de açúcar e álcool no mês de maio (US$ 416,9 milhões) na comparação com igual período de 2004 (US$ 165,3 milhões). As vendas externas de açúcar renderam US$ 327,2 milhões, crescimento de 184,9% na comparação com US$ 184,9 milhões de maio de 2004.

O resultado foi impulsionado pelo incremento dos preços. As cotações do açúcar bruto subiram 36% no mês. Os valores do refinado aumentaram 20%. A quantidade exportada cresceu 123,4%. A exportação de álcool resultou em receitas de US$ 44,7 milhões, 28,6% acima do valor exportado em maio de 2004 (US$ 34,7 milhões).