Mercado

ACP pede reforma mais moderada para o açúcar

Os países produtores de açúcar das regiões da África, Caribe e Pacífico – ou países ACP – estão pedindo reformas de mercado mais moderadas e cortes de preços mais graduais que aqueles propostos pela União Européia (UE). Segunda a minuta de uma proposta interna, a UE pode cortar o preço institucional do açúcar em 39% em 2007 e 2008. A reforma do mercado do açúcar da UE deve ser divulgado em 22 de junho.

Isso terá um efeito “devastador” sobre as economias de países menos desenvolvidos, disse um alto funcionário de Moçambique durante um evento do setor realizado ontem em Madri. Para Moçambique, como para os outros países ACP, o açúcar é a principal fonte de receita econômica. Os países ACP pedem que as reformas da UE sejam implementadas a partir de 2008, em vez de em meados de 2006 – programado pela UE – e que o corte dos preços do açúcar variem de 16% a 18%. O pedido dos países ACP repercute a crescente oposição de dentro dos estados-membros da UE.

O regime do açúcar se mantém inalterado nos últimos 35 anos. Sua reforma é vista como inevitável depois que a Organização Mundial do Comércio decidiu no ano passado que o regime violava as regras comerciais subsidiando as exportações de açúcar bem acima do teto permitido. O texto de apelação da OMC acompanhou a decisão original de 28 de abril, forçando a UE a implementar os cortes nas exportações dentro de 15 meses, e é visto como o impulso para uma reforma mais severa.