Em encontro realizado ontem, dia 13 de outubro, em Minneapolis, nos Estados Unidos, empresários e líderes do setor de biocombustíveis americano se reuniram para discutir o atual panorama do setor.
Há certo descontentamento com a administração Obama por enfraquecer o sucesso comercial dos combustíveis renováveis no país, como o etanol. Michael McAdams, presidente da Advanced Biofuels Association comentou que companhias de biocombustíveis americanas estudam expandir suas atividades para países como Brasil, China e India, em detrimento aos Estados Unidos, que atualmente possui uma política instável para combustíveis renováveis. “Nossa animação com o mercado foi interrompida, tornando-se uma dificuldade intrínseca do setor encontrar financiamento para construir plantas inovadoras nos Estados Unidos”, afirmou.
A associação de McAdams representa produtores de biocombustíveis de baixo carbono, como a Gevo Inc, que tenta produzir isobutanol, um tipo de álcool de elevado valor, em um planta de fabricação de etanol em Luverne, Minnesota. Esta e outras empresas criticaram a EPA -Environmental Protection Agency pela proposta de reduzir a mistura de biocombustíveis em combustíveis fósseis.
Joe Jobe, CEO da National Biodiesel Board, uma trader para comercialização de biodiesel, afirmou que a indústria americana reportou em 2013 a viabilidade de produzir mais de 6.8 milhões de litros de biodiesel. Em 2007, uma Lei Federal, nomeada Renewable Fuel Standard, tinha o objetivo de impulsionar o Mercado, porém com a atual proposta da EPA, a adição de biocombustíveis em misturas será insignificante em comparação com a produção.
Há descontentamento em todos os setores em relação a decisão da EPA, principalmente pelos elevados investimentos feitos nesta área, como as três plantas para produção de etanol celulósico em escala comercial, estabelecidas no Meio-Oeste americano, que custaram mais de 200 milhões de dólares. Atualmente existem 214 usinas de etanol no país, que podem sentir neste ano as dificuldades da atual conjuntura americana.