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Eleições: "Não vou repetir o mesmo erro do atual governo”, diz Marina Silva

Antonio Eduardo Tonielo Filho e Marina Silva durante a Fenasucro 2014
Antonio Eduardo Tonielo Filho e Marina Silva durante a Fenasucro 2014

Continuando a série com o perfil dos três principais candidatos à presidência da República, Marina Silva (PSB) trabalha para se tornar aliada do agronegócio. O setor sucroenergético, em específico, tem ouvido propostas como a criação de um diferencial tributário para o etanol, melhor aproveitamento da biomassa da cana na geração de energia, além de mudanças no que diz respeito ao controle do preço da gasolina.

Em agosto, Marina se reuniu com empresários do setor para ouvi-los. Na ocasião, lideranças do Ceise Br — Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, da Unica — União da Indústria de Cana-de-Açúcar e da Orplana — Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil falaram sobre as principais demandas para afastar a crise. “Acredito que a visita de Marina Silva “quebrará o gelo” com o setor e pode mudar o estigma de que a candidata é reacionária ao agronegócio”, disse Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Ceise Br, na época.

“Não vamos recorrer a intervencionismo para controlar os preços. Será a boa governança macroeconômica e os marcos regulatórios claros que se encarregarão de manter a inflação no centro da meta”, disse Marina Silva em entrevista ao jornal Valor.

A candidata vem criticando a atual gestão, dizendo que a postura de Dilma Rousseff, que não prioriza o diálogo e não tem visão de longo prazo, tem gerado os problemas de comunicação entre as partes. “Com relação ao setor sucroenergético o governo atua com ações pulverizadas, sem uma visão sistêmica dos problemas. Não vou repetir o mesmo erro”, disse.

Outro ponto ligado aos canavieiros é a especulação sobre quem será o próximo ministro da Agricultura. O que se ouve nos bastidores é que Marcos Jank, que presidiu a Unica, será o escolhido de Marina.