O Rio Grande do Norte terá na cidade de Rio de Fogo, no norte do Estado, a mais de 70 quilômetros da capital, um parque eólico de R$ 200 milhões, instalado pela Enerbrasil, empresa de capital espanhol que vai tocar o projeto. Será o maior da América Latina. Segundo fontes oficiais, a usina de eletricidade produzida a partir do vento, vai auxiliar o Estado a ser auto-suficiente em energia. Até julho de 2006 o parque, cuja obra irá gerar 300 empregos, deverá estar funcionando.
Hernán Saavedra, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Enerbrasil, informou à governadora Wilma de Faria (PSB) que nas próximas semanas os equipamentos para a instalação do parque estarão chegando a Rio do Fogo. As obras de acesso foram iniciadas e “estamos em fase de contratação de empresas locais para a execução dos serviços. Vamos fazer todo o esforço para que o cronograma da obra seja cumprido”. “Fico feliz em que o nosso Estado seja a sede do maior parque eólico da América Latina. É mais uma fonte de energia que servirá para atrair novos empreendimentos”, disse a governadora. O parque de Rio do Fogo é o primeiro a ser colocado em funcionamento dentro do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado pelo governo federal para garantir a sustentabilidade energética brasileira. A energia eólica é limpa, tem reduzido impacto ambiental, não produz resíduos de nenhuma natureza e não requer combustível.
A unidade será a primeira experiência efetiva de geração comercial de energia eólica no Brasil, com 49,3 megawatts de potência instalada, o equivalente a 3 mil horas de geração de eletricidade por ano.
Quando concluído, o parque irá transformar o Rio Grande do Norte de importador a exportador de energia elétrica.
Sérgio Cunha, coordenador de Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, acredita que o Rio Grande do Norte tem um grande potencial para a exploração de outros parques eólicos. As cidades de Guamaré, Rio do Fogo e Touros têm vocação para usinas deste tipo. “As perspectivas no território potiguar para o uso de energia limpa não se restringem aos ventos, abrangendo as áreas de energia solar e o gás natural, este já explorado pela Petrobrás”, afirmou.