A União Européia (UE) pagará à França, a maior produtora de vinho do mundo, para destilar e converter o excedente de vinho de qualidade em combustível ou desinfetante e as vinícolas espanholas receberão dinheiro para fazer a mesma coisa com o vinho de mesa.
A UE pagará por 150 milhões de litros de vinho francês, cumprindo as normas européias para “vinho de qualidade produzido em uma região específica”, para serem transformados em álcool industrial. Os vinicultores espanhóis serão pagos para destilar 400 milhões de litros de vinho de mesa, a qualidade inferior no sistema da UE. As medidas custarão até € 145 milhões (US$ 188 milhões), afirmou o porta-voz do bloco europeu, Michael Mann.
Os produtores europeus de vinho estão recorrendo à ajuda governamental enquanto o consumo interno declinante e o aumento da concorrência internacional restringem as vendas. Na França, que produz vinho em mais de 1,7% de sua terra arável, o consumo per capita caiu pela metade nos últimos 40 anos ao mesmo tempo em que a produção crescente de países do “novo mundo”, incluindo a Austrália e o Chile, corroeu seu tradicional domínio no mercado externo. Estima-se que a Europa produz 65% do vinho do mundo.