Os longos períodos de estiagem no Centro-Sul do País entre fevereiro e março e desde o começo de abril seguem ameaçando a produção de cana-de-açúcar na região, maior produtora mundial de açúcar e de álcool. De acordo com estimativa da Câmara Setorial do Açúcar e do álcool, as previsões feitas até agora, de que haverá um aumento de 6% a 8% na oferta de açúcares totais e um processamento de 340 milhões a 355 milhões de toneladas de cana na safra 2005/2006, já correm o risco de serem revistas.
“A realidade climática de abril já é diferente, semelhante à de fevereiro e março. As usinas já estimam uma quebra de 4% na região de Ribeirão Preto e até mais em outras aéreas nas quais o processamento já começou”, disse Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do álcool. Ele lembrou que já houve uma perda no rendimento da cana ocorrido na seca entre fevereiro e março.