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Alternativas para a nova matriz energética

O óleo de soja, o milho e o algodão são matérias-primas alternativas para a chamada agricultura energética. Os grãos e a fibra podem ser utilizados para a fabricação de biodiesel como fonte de combustível renovável e para combater a escassez de energia no futuro.

O biodiesel, visto como um produto que pode abrandar a poluição nas grandes cidades do mundo, também tende a diminuir a dependência do Brasil na importação de óleo diesel. Além disso, o País pode colaborar para a redução da emissão de gases que provocam o “efeito estufa”. Tal medida atende ao Protocolo de Quioto, acordo internacional para o controle de gases poluentes na atmosfera entrou em vigor em fevereiro de 2005.

De acordo com o protocolo, os países desenvolvidos precisam reduzir a emissão de gases no período de 2008 a 2012 em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis registrados em 1990. O documento complementa a convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança do clima no planeta, assinada na Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em 1992. O documento foi aberto para assinaturas em 1997, em Quioto, no Japão, durante a 3 Conferência das Partes da Convenção.

Em dezembro de 2004, o governo brasileiro lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, com a meta de misturar 2% de óleo vegetal ao diesel do petróleo. A expectativa é de economizar, nos primeiros três anos, US$ 160 milhões anuais com o volume de 800 milhões de litros. Os números devem subir para US$ 400 milhões e 2 bilhões de litros, quando a mistura passar a 5% de óleo vegetal.