A Organização dos Plantadores de Cana do Centro-Sul do Brasil (Orplana) quer incentivar a migração de produtores de cana para oeste e noroeste de São Paulo, regiões que estão recebendo investimentos na expansão dos negócios sucroalcooleiro. De acordo com Manoel Ortolan, presidente da Orplana, essas regiões contam hoje com apenas 200 produtores, de um total de 13 mil no Estado.
Ortolan deve se reunir amanhã com produtores da região para discutir os estímulos ao plantio de cana nessas áreas em expansão. Conforme ele, a região de Araçatuba não possui uma associação que reúne os produtores da região.
A expansão dos canaviais pode ser realizada, segundo Ortolan, sobre as pastagens. “A cana tem condições de avançar sobre os pastos”.
Na região de Araçatuba, o alqueire (2,42 hectares) está cotado em R$ 26 mil. Nas regiões de Ribeirão Preto e Sertãozinho, o alqueire sai por R$ 50 mil, sempre de acordo com Ortolan. “E ainda há regiões como Castilho, que o alqueire sai por R$ 13 mil”, afirmou.
Segundo Ortolan, os produtores devem concluir ainda nesta semana os estudos sobre os custos de produção de cana-de-açúcar. Esses estudos deverão ser discutidos com as indústrias de açúcar e álcool, que também estão elaborando seus próprios documentos.
A intenção é discutir a revisão do modelo Consecana, criado para remunerar o produtor de cana e baseado nos preços médios e na produtividade do açúcar e do álcool durante a safra. Os produtores dizem que não têm se beneficiado dos atuais aumentos dos produtos nos mercados interno e externo. A tonelada da cana está em R$ 34. (MS)