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206 SW cobre "buraco" de motor flexível

Depois de perder a quinta posição no ranking de vendas para a Toyota em 2003 e ser ultrapassada pela Honda no ano passado, a Peugeot decidiu que teria de abrir o bolso para recuperar o posto. Investiu US$ 750 milhões para se tornar uma montadora de grande porte no Brasil. A versão perua do 206 é o mais novo produto desse plano de ação, que também incluía os motores 1.4 e 1.6 e a produção do 307 na Argentina.

Porém a Peugeot está ciente de que precisa dos propulsores bicombustíveis para vender mais. Segundo o presidente da marca no Brasil, Bruno Grundeler, o motor 1.6 flexível chega ainda no segundo trimestre. Já o 1.4 que roda com álcool e gasolina estará nas lojas no final do ano.

Mas, enquanto isso não acontece, a aposta é na perua. Com a dianteira inspirada na versão hatch, a 206 SW tem a traseira bem diferente da do “irmão” mais velho. Além disso, o carro é 19 cm mais comprido e 5 mm mais baixo que o hatch. A lanterna vertical chama a atenção, assim como o enorme vidro traseiro.

Entre as principais curiosidades do modelo, estão a abertura do vidro sem a necessidade de abrir o porta-malas e as maçanetas das portas traseiras, escondidas ao lado do vidro. Por dentro, nada muda. Painel, acabamento e a incômoda posição dos botões do vidro -localizados no console central- são os mesmos do hatch.

Apenas dois motores estarão disponíveis (1.4 e 1.6). O mais fraco tem 75 cv (cavalos) e 12 kgfm de torque (força). Já o 1.6 conta com 110 cv e 15 kgfm. Diferentemente do que ocorre com o hatch, não haverá uma versão “popular”. As versões de acabamento também seguem a linha do “caçula” -Presence e Feline, disponível somente com o motor 1.6.

Concorrência

A Peugeot tem a meta de produzir 15 mil unidades da 206 SW em 2005. Desse total, 11 mil são para o Brasil. O modelo tem como principal missão brigar com a Fiat Palio Weekend e a Volkswagen Parati. Mas a Peugeot está ambiciosa com o veículo e também espera roubar as vendas de monovolumes compactos, como o Chevrolet Meriva e o Honda Fit.

Para atingir esse público familiar que espera um carro com grande porta-malas, a montadora francesa aposta no design e num preço competitivo, já que seu bagageiro é o menor do segmento. A 206 SW carrega 313 l, enquanto a Meriva leva 360 l, a Parati, 437 l, e a Palio Weekend, 460 l.

O veículo, que chega às concessionárias no começo de março, será comercializado por R$ 36.550 na versão 1.4 (com vidro elétrico de série) e a partir de R$ 42,6 mil com motor 1.6. A Parati 1.6 Total Flex sai por R$ 36.710, enquanto a Weekend 1.3 Flex é vendida por R$ 34.990. A versão 1.8 da perua da Fiat, que roda com álcool e gasolina, custa R$ 43.046.