Candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos desautorizou um de seus colaboradores nesta quinta-feira (7) e negou que irá aumentar o preço dos combustíveis e da energia caso seja eleito em outubro.
Alexandre Rands, responsável pelo setor no programa de governo pessebista, disse à coluna Painel, da Folha, que Campos “se compromete a reajustar o preço da gasolina” pouco depois da posse em uma “sinalização essencial ao mercado”.
O ex-governador, por sua vez, afirmou que a medida não será adotada em seu eventual governo. “Quem falou do aumento do preço da gasolina foi o ministro Guido Mantega (Fazenda). O que tenho dito é que a presidente Dilma Rousseff tem guardado dois aumentos para depois da eleição: energia e combustível”.
O coordenador do programa de governo do presidenciável, Maurício Rands, disse que seu irmão, Alexandre Rands, foi “totalmente mal interpretado” e afirmou que a equipe de Campos “não adotará medidas heterodoxas para segurar a inflação”.
O controle dos preços, diz, será feito com “políticas fiscais e monetárias, Banco Central independente e a criação de um Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal”.
Segundo Mantega, todo ano há correção dos preços da gasolina e o governo continuará com os reajustes normais, mas sem “tarifaço”.
Campos teve dois compromissos eleitorais em São Paulo, onde prometeu adotar medidas de curto prazo para “tirar a indústria brasileira da UTI” e universalizar o acesso à pré-escola no país.
Fonte: Folha de S. Paulo