Ações de empresas do setor elétrico sofreram forte baixa nesta terça-feira (29/7). De todas as ações que compõem o Ibovespa (principal índice acionário da Bolsa brasileira), o papel da Energias do Brasil foi o que registrou a maior queda: 5,06%.
Outras fortes baixas foram as da Cesp (-4,04%), da Light (-3,04%), da Copel (-2,81%) e da Cemig (-2,66%).
“Qualquer sinal de que o governo vai voltar a intervir ou descumprir algo que já estava previsto causa uma reação negativa nas ações de empresas elétricas”, diz Alexandre Wolwacz, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.
Impacto na tarifa
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) afirmou ontem que os empréstimos bancários disponibilizados ao setor, que por ora somam R$ 17,7 bilhões, vão representar um impacto a mais de oito pontos percentuais, durante dois anos, no cálculo do reajuste da conta de luz para o consumidor.
A incidência ocorrerá a partir do ano que vem, mas ainda não se sabe qual será o valor final. “O tamanho do reajuste tarifário vai depender de outros fatores, não é só esse item que é levado em consideração”, afirmou.
Em levantamento feito a pedido da Folha na semana passada, consultorias avaliaram que os empréstimos às distribuidoras de energia deve aumentar, em média, 25% o preço das tarifas em 2015.
Alguns consumidores podem enfrentar percentuais ainda mais elevados, como os clientes da Copel, no Paraná, que poderão ter reajustes superiores a 30%.
A estimativa mais otimista foi a da consultoria TR Soluções, que projeta um avanço médio de 13,4% nas contas de luz em 2015.
(Fonte: Folha de S. Paulo)